Introdução: Na última década, a mortalidade neonatal global
diminuiu devido a avanços na assistência pré-natal e cuidados
neonatais, mas persiste alta em regiões com poucos recursos. A sífilis
congênita, uma causa evitável de mortalidade, continua a afetar
gravemente os recém-nascidos, especialmente nas UTIs. Método:
estudo epidemiológico descritivo, utilizando dados do DATASUS. A
pesquisa abrangeu nascidos vivos que faleceram antes de 28 dias
com diagnóstico de sífilis congênita, precoce ou tardia (CID A50,
A51, A52). Objetivo: analisar a evolução da mortalidade neonatal
por sífilis no Brasil ao longo da última década, identificando as
principais tendências com foco nas regiões mais afetadas.
Resultados: Entre 2014 e 2023, houve uma redução nas taxas de
natalidade e mortalidade neonatal no Brasil, mas desigualdades
regionais persistem, com avanços mais evidentes no Sudeste. A
mortalidade neonatal por sífilis permanece alta, com estagnação nos
óbitos nas regiões Norte e Nordeste, sugerindo falhas no diagnóstico,
tratamento e acesso a cuidados adequados. A subnotificação e a falta
de políticas de prevenção eficazes comprometem a redução dessa
mortalidade. Considerações Finais: As taxas de mortalidade
neonatal por sífilis continuam elevadas, elevando as ocupações nas
UTI neonatais, refletindo falhas nas estratégias de prevenção e
diagnóstico, agravadas pela subnotificação. Para reduzir a sífilis
congênita no Brasil, são necessárias ações eficazes, como testagem
regular, educação em saúde e políticas públicas integradas, com foco
nas regiões vulneráveis.
Palavras-chave: Mortalidade Neonatal Precoce; Sífilis Congênita;
Treponema pallidum.
Revista Brasileira Método Científico
ISSN: 2965-8357